quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Busco em você quem eu sou.

Hoje acordei e a primeira coisa que me veio à cabeça foi você Mauro...
Acordei pensando em tudo, sentimentos a flor da pele, e chega a ser engraçado o tanto que nos parecemos.
Temos sede de liberdade, de sentimentos intensos,
Somos puros, verdadeiros,
Chega a doer a nossa necessidade de viver, de nos descobrir, de sermos nós mesmos,
É um desafio nos decifrar e entender o que se passa dentro de nós...
Afinal, nem nós mesmo sabemos,
Vivemos dia após dia afogados em perguntas, pensamentos profundos,
Para quem sabe como um passe de mágica tudo ficasse nítido,
Cada coisa em seu lugar,
E eu desafio qualquer um, para quem sabe eu mesma consiga entender essa loucura...
Me vejo em você de uma forma tão pura,
Busco em você o que sou,
Fico maravilhada com milhões de possibilidades,
Por segundos consigo ter certeza de tudo,
E como um Flash que me cega, minhas certezas se desfazem sem eu ao menos poder dizer adeus...
Somos um turbilhão de sensações e pensamentos raros,
Somos loucos, aos berros, silêncio...
Queremos na verdade, a metade que nos falta,
Tenho certeza que sempre esteve aqui, mas já não tenho mais certeza,
Não sei,
Só sei que enquanto houver você comigo,
Para sempre eu terei uma chance de conseguir me decifrar,
E EU TE DESAFIO!

Costurado por Naty Oliveira no blog Costuras e Pescarias, na página Seu Retalho, em 30 de abril de 2012 10:02

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

E na memória o sorriso do Palhaço e a sandália franciscana que ele usava


O fim do ano incita à reflexão. Em algumas pessoas proporciona profundo encontro com a alma. Em outros menos. Ou talvez, nada disso. Mas, o certo é que a reflexão nasce da abertura de espírito. 

Sei que após várias circunstâncias aprendi a dar vazão a pensamentos e sentimentos que coleciono. Mas, as vezes, reprimo. E em meio a toda essa crise, que também traduz uma certa identidade, o único sentimento que permanece intacto e não se mistura a nada, que não vem viciado de dúvidas é o amor. O amor que tenho por tudo que me encanta. 

Sabe, nunca entendi quando as pessoas se referiam ao amor como um sentimento destinado a uma única coisa/pessoa. Não acho que o amor seja tão egoísta e tão escasso que não possa se manifestar das mais diversas formas. Pelo contrário. O amor possui destreza, é generoso.

E algo tão bom deve (acho que deveria ser lei isso) ser exposto. Não digo aquela exposição pública. Não. Porque isso depende de cada um. Mas, deve ser dito, reafirmado, a cada momento ou, caso não seja possível, em alguma oportunidade que a gente mesmo pode fazer surgir.

A parte triste é que aprendi isso a duras penas. Ao lado da cama do hospital não quis dizer nada. Guardei o “Eu te amo” para dizer na festa de boas vindas, quando então eu daria um abraço e um balão em formato de coração. Mas ela não voltou. Nunca mais. O abraço não foi dado, o balão não se encheu e o eu te amo não foi dito. Eu era uma criança e foi o primeiro arrependimento que tive na vida.

Hoje eu não sei conter o riso, não sei deixar de expressar sentimentos. Abraço, beijo, olho, toco, sinto. Conto estrelas, canto pelas ruas, ando na chuva, vejo o por do sol e paro na estrada para vê-lo nascer. Ouso conhecer, descobrir e redescobrir. 

É claro que tudo isso é, de certa forma, arriscado. Junto vem coisas tão boas e algumas decepções. É como descer no escorregador e dar de cara no chão, engolindo areia. Levantar e perguntar a si mesmo: não descer mais ou fazer tudo de novo e sentir novamente a adrenalina da descida? Enquanto eu desço a vida tem movimento, sinto o vento no rosto e tenho sentimentos bons. E se estou parada...

Em uma dessas escorregadas senti no peito o coração pulsando. Um sorriso inesquecível, a sandália franciscana e uma alegria convidativa. Um abraço e ah... Um impulso: “Dê licença que eu vou roubar o palhaço!”

Um caminhar sem jeito, de mãos dadas mas sem muito rumo, as palavras sumindo... Uma conversa, um outro abraço, um giro e... Um beijo. Por mim o mundo poderia acabar ali, naquele momento. 

O dia amanhecendo e a audácia de um contato mais próximo. 

Olha, não sei o que você diria, mas faço minhas as palavras de Nando Reis e Cássia Eller em Relicário: “O dia está amanhecendo, peço o contrário ver o sol se por.”

Eu vi o sorriso mais lindo, os olhos mais expressivos, o jeito mais autêntico e a sandália franciscana. Ah! A sandália franciscana... 

Senti o corpo quente, o abraço mais intenso, as mãos que apertavam meus braços e subiam, imobilizando, involuntariamente. E aqueles lábios...

Sensações que ainda permanecem provocando um frio na espinha. Sei que o tempo vai cuidar de fazê-las desaparecer, infelizmente. Mas fará da memória abrigo eterno, como tudo aquilo que representa e traduz uma forma de amor.

E por considerar essencial dizer para as pessoas o quanto elas foram/são importantes para nós, por acreditar que elas devem saber o quanto representam em nossas visas, é que eu digo para você, Mauro, que você representou muito em pouco tempo. 

Digo a você: você marcou. Mesmo. Ver teu sorriso, teus olhos, enxergar você, estar com você. Da sua essência não tive acesso, mas da janela deu pra ver um pouco do mundo que há aí dentro. Coração manteve-se disparado. E despedir-me foi difícil. 

A mensagem que esperei não veio. Mas o silêncio também é uma resposta. É o risco que a gente corre a cada ousadia. Daí vem a história do escorregador.

Mauro, você me fez muito bem. Tenha certeza disso. Desejo de coração que na sua estrada tenha flores e que você obtenha êxito em suas escolhas. Que 2012 seja um ano bastante positivo para você. Siga sua vida e não desvie da sua estrada seus sonhos. Fé, coragem, atitude!

Talvez a gente nunca se encontre. Mas o coração vai tranquilo porque eu disse tudo o que eu queria dizer à você. Eu não dedicaria tempo a escrever se não fosse importante. Foi muito bom ter você em um pedaço da minha rota.

E na memória o sorriso do palhaço e a sandália franciscana que ele usava.

Um abraço,

Admiradora do Palhaço - 19 de Dezembro de 2011

sábado, 23 de junho de 2012

Costureiro-Pescador

Ele se mostra para mim um grande mistério que fica cada dia mais difícil de ser revelado.

Ele é alguém que não se pode definir em palavras, apesar dele gostar de costurá-las e faz isso como ninguém.

Ele um grande quebra cabeça em que as peças estão muito confusas e fica difícil encaixar umas nas outras e, mesmo assim, não sei por que insisto em querer montá-lo, em querer descobrir quem é ele, mesmo sabendo que será impossível algum dia defini-lo!

Ele acaba me ensinando a ter paciência a não ter pressa e a ir conquistando-o aos poucos, é difícil, mas ainda não penso em desistir. Vamos ver até quando vai durar essa minha insistente persistência em querer cativá-lo.

Eu só espero que essa minha persistência não seja em vão e que algum dia eu consigo montar o quebra cabeça desse Costureiro-Pescador! 

Costurado por Ana Jéssica em 29 de agosto de 2011 as 01:11

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Porto-Pescador (Para Mauro)

A Liberdade me envolveu
Com seu abraço
E como resistir?
Veio lançando seu perfume nas águas
Se balançando diante de mim
De riso largo me convidou ao deleite
ACEITE!
E por sua sedutora dança me envolvi
Sua pele quente aquecendo meu peito
Sua voz envolvendo meu coração em doces palavras
Ser navegante, sempre traslado
Homem viajante, nunca refutado
Talvez eu deseje ser seu porto
Mas não desejo que permaneças ancorado em mim
Afinal és Liberdade
Mas posso também ser uma das vertentes
Quem sabe um caminho possível
Em meio a tantas correntes
Queria eu ser oceano
Para que sempre que desaguasse
Desaguarias em mim.

(por Danielle Luce, segunda, 10 de Outubro de 2011 às 11:21) 
(Danielle Luce Cardoso – 03/09/2011 - 10/09/2011)


sexta-feira, 4 de maio de 2012

VANGUARDA

Onde estão os protagonistas?
Defensores de direitos transindividuais
Por interesses coletivos difusores e ativistas
Partidários da política da participação popular

Seriam farsantes, fantoches, farristas?
Fartos de tudo, da farda e do fardo
Coadjuvantes frustrados a lamber feridas
Descrença e apatia parecem cicatrizá-las

Face à imobilidade social
Repensem! Relutem! Resistam!
Caros visionários de revolução pacifista
Utopia é um por vir que não tornamos atual

Esta árida existência fertilizemos
Com a profícua voz da vanguarda
Que dessa safra de povo em desengano
Vingarão pelejantes paladinos e decanos
De um pacto que não tarda:

Fazer mundo girar
Noutra órbita, noutra ótica...
...Noutra ordem: harmonioso habitat

                                                       Binho Li

Ao Camarada Mauro,
      Com votos de que estes singelos versos
      ganhem vida e emoção na sua voz

                              Te encontro pelo mundo!
                                 
                                        Cleber, outono de 2008